Educação popular e juventude: o movimento social como espaço educativo

Autores

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Educação popular, Juventude, Aprendizagem.

Resumo

Este estudo teve por objetivo compreender como os sujeitos, no decurso de suas histórias de vida e por meio de processos sobretudo de aprendizagem experiencial, construíram saberes e conhecimentos na participação em um movimento social. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa, com recurso a entrevistas semiestruturadas, para obter narrativas de histórias de vida de seis participantes de um movimento brasileiro que reúne jovens em todo o país: o Levante Popular da Juventude. A pesquisa conduzida permite compreender como a experiência educativa vivenciada em movimentos sociais favorece a emancipação dos sujeitos que a vivenciam e leva a uma conscientização a respeito da cidadania participativa diante da realidade local e global.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997.

BOLÍVAR, Antônio; DOMINGO, Jesús. La investigación biográfica y narrativa en Iberoamérica: campos de desarrollo y estado actual. Forum: Qualitative Social Research, v. 7, n. 4, art. 12, Sep. 2006. Disponível em: http://jbposgrado.org/icuali/La%20investigacion%20biografica%20y%20narrativa%20en%20iberoamerica%20%20%20.pdf. Acesso em: 24 jul. 2019.

BORJA, Jordi. Movimentos sociales urbanos. Buenos Aires: SIAP, 1975.

BRANDÃO, Carlos. O que é educação popular. São Paulo: Brasiliense, 2006.

CAMPOS, Claudinei. Métodos de análise de conteúdo: ferramentas para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 57, n. 5, p. 611-614, 2004.

CANÁRIO, Rui. Aprender sem ser ensinado: a importância estratégica da educação não formal. In: LIMA, Licínio C.; PACHECO, José Augusto; ESTEVES, Manuela; CANÁRIO, Rui. A educação em Portugal (1986-2006): alguns contributos de investigação. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação; Conselho Nacional de Educação, 2006. p. 159-206.

CARRILLO, Afonso. A educação popular como prática política e pedagógica emancipadora. In: STREK, Danilo R.; ESTEBAN, Maria T. (org.). Educação popular: lugar de construção social coletiva. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 15-32.

CASTELLS, Manuel. Movimentos sociales urbanos. Madri: Siglo XXI, 1974.

CAVACO, Cármen. Adultos pouco escolarizados: diversidade e interdependência de lógicas de formação. 2008. Tese (Doutoramento em Ciências da Educação) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2008.

COOMBS, Philip; AHMED, Manzoor. Attacking rural poverty: how normal education can help. Washington, DC: A World Bank Research Publication, 1974.

COSTA, Elisabeth. Educar para a solidariedade: o significado e a manifestação de uma nova consciência. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

FÁVERO, Osmar. Educação não-formal: contextos, percursos e sujeitos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 99, p. 614-617, maio/ago. 2007.

FIGUEIREDO, João. Educação popular e educação ambiental: @ Educador(a) ambiental popular numa perspectiva descolonializante. In: STRECK, Danilo; ESTEBAN, Maria (org.). Educação popular: lugar de construção social coletiva. Petrópolis: Vozes, 2013.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.

GODOY, Arlida. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57-63, mar./abr. 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n2/a08v35n2.pdf. Acesso em: 18 set. 2018.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal e cultura política: impactos sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo: Cortez, 1999. (Coleção Questões da Nossa Época, v. 71).

GOHN, Maria da Glória. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2002.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 47, p. 333-361, maio/ago. 2011.

GOMES, Nilma. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

GOUVEIA, Valdiney et al. Dimensões normativas do individualismo e coletivismo: é suficiente a dicotomia pessoal vs. social? Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 223-234, 2003.

GUIZZO, Bianca; KRZIMINSKI, Clarissa; OLIVEIRA, Dora. O software QSR NVIVO 2.0 na análise qualitativa de dados: ferramenta para a pesquisa em ciências humanas e da saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 24, n. 1, p. 53-60, abr. 2003.

HOBSBAWM, Eric. Rebeldes primitivos. Rio de Janeiro: Zahar, 1970.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Síntese de indicadores sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 25 ago. 2017.

LUCENA, Hadassa. Aprendizagens em movimentos sociais: um estudo a partir de narrativas biográficas de partícipes do Levante Popular da Juventude. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação e Formação de Adultos) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Porto, 2017.

MARICATO, Ermínia. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 4, p. 21-33, out./dez. 2000.

MEDINA, Maria Teresa G. Experiências e memórias de trabalhadores do Porto. A dimensão educativa dos movimentos de trabalhadores e das lutas sociais. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Porto, 2008.

MEJÍA, Marco Raúl. La educación popular: una construccíon colectiva desde el sur y desde abajo. In: STRECK, Danilo R.; ESTEBAN, Maria Teresa. (org.). Educação popular: lugar de construção social coletiva. Petrópolis: Vozes, 2013.

MELUCCI, Alberto. Acción colectiva, vida cotidiana y democracia. México: El Colegio de México, Centro de Estúdios Sociológicos, 1999.

MOREIRA, Dirceu. Autogestão: desenvolvendo talentos para gerir escolas, empresas e instituições. Rio de Janeiro: Wak, 2012.

OFFE, Claus. New social movements: challenging the boundaries of institutional politics. Social Research, n. 52, p. 817-68, 1983.

PIRES, Ana. Educação e formação ao longo da vida: análise crítica dos sistemas e dispositivos de reconhecimento e validação de aprendizagens e competências. 2002. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2002.

RUDÉ, George. Ideologia e protesto popular. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

SCHWARTZ, Shalom. ¿Existen aspectos universales en la estructura y el contenido de los valores humanos? In: ROS, M.; GOUVEIA, Valdiney V. (org.). Psicología social de los valores: desarrollos teóricos, metodológicos y aplicados. Madri: Biblioteca Nueva, 2001. p. 53-78.

SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 73-102.

TOURAINE, Alain. Sociologie de l’action. Paris: Seuil, 1965.

VIA CAMPESINA. A voz do camponês internacional. 2011. Disponível em: https://www.viacampesina.org/en/index.php/organisation-mainmenu-44. Acesso em: 9 mar. 2017.

VIEIRA, Flávia. Dos proletários unidos à globalização da esperança: um estudo sobre internacionalismos e a Via Campesina. São Paulo: Alameda, 2011.

Publicado

31-12-2019

Como Citar

Lucena, H. M. de A., Caramelo, J. C. P., & Silva, S. B. da. (2019). Educação popular e juventude: o movimento social como espaço educativo. Cadernos De Pesquisa, 49(174), 290–315. Recuperado de https://publicacoesfcc.emnuvens.com.br/cp/article/view/6754

Edição

Seção

Artigos