Resistencias institucionales y antigénero a la igualdad de género en la educación en Portugal

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980531411410

Palabras clave:

Políticas Públicas, Género y Educación, Igualdad de Género, Educación

Resumen

Este artículo examina la resistencia a la implementación de políticas de mainstreaming de género en la educación en Portugal, destacando las dinámicas de poder y la ineficacia que han obstaculizado la integración de una perspectiva de género en el sistema educativo. Lo hace analizando información secundaria, producida en el contexto de evaluaciones de instrumentos de política, de documentos oficiales y de análisis de controversias públicas. A partir de estos datos, y basándose en un caso ejemplar, explora cómo el surgimiento de los movimientos y fuerzas antigénero ha condicionado y cuestionado las políticas de igualdad de género. El artículo también analiza cómo la judicialización y la cobertura mediática de casos controvertidos han contribuido para debilitar el impacto de las políticas de mainstreaming de género en el sector de la educación.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rosa Filomena Brás Lopes Monteiro, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (UC), Coimbra, Portugal

Doutorada em Sociologia do Estado, do Direito e da Administração. Professora auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Investigadora do Centro de Estudos Sociais. Tem investigado as desigualdades de género no mercado de trabalho, nas organizações, e nas políticas públicas. Coordena o projeto Women4Digital – Género na paisagem das TIC em Portugal: que lugar para as mulheres?, financiado pela FCT/PlanApp.

Citas

Ahrens, P. (2018). Indirect opposition: Diffuse barriers to Gender+Equality in the European Union. In M. Verloo (Ed.), Varieties of opposition to gender equality in Europe (pp. 77-97). Routledge.

Albisetti, J. C., Goodman, J., & Rogers, R. (Eds.). (2010). Girls’ secondary education in the Western world: From the 18th to the 20th century. Palgrave MacMillan.

Alvarez, T., Vieira, C. C., & Ostrouch-Kamińska, J. (2017). Género, educação e cidadania: Que “agenda” para a investigação científica e para o ensino e a formação?. ex æquo, (36), 9-22. https://doi.org/10.22355/exaequo.2017.36.01

Araújo, H. C., & Henriques, F. (2000). Política para a igualdade entre os sexos na educação em Portugal: Uma aparência de realidade. ex æquo, (2/3), 141-152.

Cardon, L. S., & Womack, A. M. (2022). Inclusive college classrooms: Teaching methods for diverse learners. Routledge.

Carrapatoso, M. S. (2019, 19 julho). Grupo de deputados de direita avança para o Constitucional para travar “ideologia de género” nas escolas. Expresso. https://expresso.pt/politica/2019-07-19-Grupo-de-deputados-de-direita-avanca-para-o-Constitucional-para-travar-ideologia-de-genero-nas-escolas

Carvalho, A. E., Cosme, A., & Veiga, A. (2023). Inclusive Education Systems: The Struggle for Equity and the Promotion of Autonomy in Portugal. Education Sciences, 13(9), 875. https://doi.org/10.3390/educsci13090875

Celis, K., & Lovenduski, J. (2018). Power struggles: Gender equality in political representation. European Journal of Politics and Gender, 1(1), 149-166. https://doi. org/10.1332/251510818X15272520831085

Comissão Europeia (CE). (2023). Promover a diversidade e a inclusão nas escolas da Europa. Relatório Eurydice. Serviço das Publicações da União Europeia. https://op.europa.eu/en/publication-detail/-/publication/d886cc50-6719-11ee-9220-01aa75ed71a1/language-pt

Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). (2013). Estratégias internacionais para a igualdade de género: A Plataforma de Ação de Pequim (1995-2005). CIG. https://plataformamulheres.org.pt/site/wp-content/ficheiros/2016/01/Plataforma-Accao-Pequim-PT.pdf

Conselho da Europa. (2007). Recomendação Rec 13 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a integração da perspectiva da Igualdade de Género na Educação (adoptada pelo Comité de Ministros a 10 de Outubro de 2007). Comissão para a Cidadanis e Igualdade de Género (CIG). https://www.cig.gov.pt/siic/pdf/2014/siic-REC_Brochura_EducPT.pdf

Decreto-Lei n. 54, de 6 de julho de 2018. (2018). Estabelece o regime jurídico da educação inclusiva. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/decreto-lei/54-2018-115652961

Despacho n. 5.908, de 5 de julho de 2017. (2017). Autoriza, em regime de experiência pedagógica, a implementação do projeto de autonomia e flexibilidade curricular dos ensinos básico e secundário, no ano escolar de 2017. Diário da República, 127, série II, de 5-7-2017, 13881013882. https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/despacho_5908_2017.pdf

Despacho n. 6.478, de 26 de julho de 2017. (2017). Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. Diário da República, 143, série II, de 26-07-2017, 15484-15484. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/despacho/6478-2017-107752620

Engeli, I., & Mazur, A. (2018). Taking implementation seriously in assessing success: The politics of gender equality policy. European Journal of Politics and Gender, 1(1-2), 111-129. https://doi.org/10.1332/251510818X15282097548558

Engeli, I., & Mazur, A. (2021). Research on French gender equality policies in practice: One step closer to a recipe for success. LIEPP Policy Brief, (52). https://hal.science/hal-03384729/document

Ferreira, V., & Monteiro, R. (2013). Trabalho, igualdade e diálogo social: Estratégias e desafios de um percurso. Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE).

Ferreira, V. (Coord.), Portugal, S., Silveirinha, M. J., Vieira, C., Monteiro, M., & Duarte, M. (2007). Estudo de Avaliação do II Plano Nacional para a Igualdade. Centro de Estudos Sociais.

Ferreira, V. (Coord.), Monteiro, R., Lopes, M., Veloso, H., Neto, & Coelho, L. (2013). Estudo de avaliação da integração da perspetiva do género nos fundos estruturais, no período de programação 2007-2013. Centro de Estudos Sociais. https://planapp.gov.pt/estudos-avaliacao/avaliacao-da-integracao-da-perspetiva-do-genero-nos-fundos-estruturais-no-periodo-de-programacao-2007-2013/

Fisher, B. M. (1981). What is feminist pedagogy?. Radical Teacher, 18(1), 20-24.

Freire, P. (2000). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa (15ª ed.). Paz e Terra.

Garraio, J., & Toldy, T. (2020). “Ideologia de género”: Origem e disseminação de um discurso antifeminista. Mandrágora, 26(1), 129-155.

Gava, T. (2023). O ovo de serpente: O discurso antigênero como elemento na disputa pela função social da educação escolar [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-30102023-161448

hooks, b. (1994). Teaching to transgress: Education as the practice of freedom. Routledge.

Ilharco, F. (Coord.), Chau, F., Soares, C., Fialho, J., Carneiro, M., Faria, A., Liz, C., & Carneiro, J. (2018). Relatório de avaliação externa V PNI, V PNPCVDG, III PAEMGF, III PNPCTSH. Universidade Católica Portuguesa.

Korolczuk, E., & Graff, A. (2018). Gender as “Ebola from Brussels”: The anti-colonial frame and the rise of illiberal populism. Signs: Journal of Women in Culture and Society 43(4), 797-821. https://doi.org/10.1086/696691

Kuhar, R., & Paternotte, D. (2017). Anti-gender campaigns in Europe mobilizing against equality. Rowman & Littlefield International.

Lei n. 46, de 14 de outubro de 1986. (1986). Lei de Bases do Sistema Educativo. Diário da República, 237, série I, pp. 3067-3081. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/lei/46-1986-222418

Lei n. 47, de 28 de agosto de 2006. (2006). Define o regime de avaliação, certificação e adopção dos manuais escolares do ensino básico e do ensino secundário. Diário da República, 165, série I, de 28-08-2006, 6213-6218. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/lei/47-2006-540784

Lima, L. C. (2020). Autonomia e flexibilidade curricular: Quando as escolas são desafiadas pelo governo. Revista Portuguesa de Investigação Educacional, n. especial, 172-192. https://doi.org/10.34632/investigacaoeducacional.2020.8505

Mergaert, L., & Lombardo, E. (2014). Resistance to implementing gender mainstreaming in EU research policy. In E. Weiner, & H. MacRae (Eds.), The persistent invisibility of gender in EU policy. European Integration online Papers (EIoP), Special issue, 1(18), 1-21. http://eiop.or.at/eiop/pdf/2014-003.pdf.

Monteiro, R. (2011). Feminismo de Estado em Portugal: Mecanismos, estratégias, políticas e metamorfoses [Tese de doutoramento, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Centro de Estudos Sociais]. Estudo geral. Repositório científico da UC. https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/16758

Monteiro, R. (2022). A agenda portuguesa da descriminalização do aborto à luz do backlash sob as forças políticas liberais e conservadoras. Cadernos Pagu, (64). https://doi.org/10.1590/18094449202200640016

Monteiro, R. (2023). O lugar das mulheres e da igualdade no desenvolvimento local: Contributos e desafios das abordagens das políticas de igualdade para os modelos de desenvolvimento local. In A. A. Monteiro, & A. Fragoso (Orgs.), Desenvolvimento local em Portugal (pp. 109-134). Afrontamento.

Monteiro, R., Lopes, M., Vieira, C., & Ferreira, V. (2024). Políticas públicas de igualdade de género na educação em Portugal: Da legislação à difícil transposição prática. CES. https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/116779?locale=pt

Monteiro, R., Ucha, L., Vieira, C. C., Gonçalves, L., Araújo, H. C., Milagre, C., Neves, M. J., Silva, M., & Santos, S. A. (2017). Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania. República Portuguesa. https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Projetos_Curriculares/Aprendizagens_Essenciais/estrategia_cidadania_original.pdf

Mosconi, N. (2009). Genre et pratiques scolaires: Comment éduquer à l’égalité?, In Égalité filles-garçons à l’École: Réalités et perspectives (actes). Ministère de l’Éducation National. https://17.snuipp.fr/IMG/pdf/mosconi_-_genre_et_pratiques_scolaires.pdf

Norocel, O. C., & Băluță, I. (2021). Retrogressive mobilization in the 2018 “Referendum for Family” in Romania. Problems of Post-Communism, 70(2), 153-162. https://doi.org/10.1080/10758216.2021.1987270

Norocel, O. C., & Pettersson, K. (2022). Imbrications of gender and religion in Nordic radical right populism. Identities, 29(4), 429-446. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/1070289X.2021.1990542

Pereira, M. M. (2009). Fazendo género na escola: Uma análise performativa da negociação do género entre jovens. ex æquo, (20), 113-127.

Resolução do Conselho de Ministros n. 49, de 24 de março de 1997. (1997). Aprova o Plano Global para a Igualdade de Oportunidades. Diário da República, 70, série I-B, de 24-03-1997, 1323-1326. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-conselho-ministros/49-1997-526583

Resolução do Conselho de Ministros n. 184, de 25 de novembro de 2003. (2003). Aprova o II Plano Nacional para a Igualdade. Diário da República, 273, série I-B, de 25-11-2003, 8018-8032. https://data.diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-conselho-ministros/184-2003-437013

Resolução do Conselho de Ministros n. 61, de 21 de maio de 2018. (2018). Aprova a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030. Diário da República, 97, série I, de 21-05-2018. https://diariodarepublica.pt/dr/legislacao-consolidada/resolucao-conselho-ministros/2018-219990677

Rogado, R. (2024, 10 abril). Mulher dona de casa? Trabalho é “diferente entre homem e mulher”, diz co-autor de “Identidade e família”. Expresso. https://expresso.pt/sociedade/2024-04-10-Mulher-dona-de-casa--Trabalho-e-diferente-entre-homem-e-mulher-diz-co-autor-de-Identidade-e-Familia-b1c459f3

Sígolo, V. M., Gava, T., & Unbehaum, S. (2021). Equidade de gênero na educação e nas ciências: Novos desafios no Brasil atual. Cadernos Pagu, (63), Artigo e216317. https://doi.org/10.1590/18094449202100630017

Simões, S. (2022, 5 dezembro). Pai que proíbe filhos de frequentarem aula de Cidadania volta a tribunal. Sessão pode decidir se escola fica com tutela dos menores. Observador. https://observador.pt/2022/12/05/pai-que-proibe-filhos-de-frequentarem-aula-de-cidadania-volta-a-tribunal/

Tilly, C. (2007). Democracy. Cambridge University Press.

Torres, A., Costa, D., Sant’Ana, H., Pinto, P., & Coelho, B. (2013). Estudo de avaliação do IV Plano Nacional para a Igualdade – Género, Cidadania e não Discriminação (2011-2013). Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG).

Torres, A., Merlini, S., Pinto, T., Assunção, F., Coelho, B., Dinis, A., Fonseca, A., Gabriel, C., & Vital, R. (2022). Relatório final de avaliação: Estudo de monitorização e avaliação da estratégia Nacional para a igualdade e a não Discriminação – Portugal + igual e do IV Plano de Ação para a Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos. Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG).

Torres, A. (Coord.), Pinto, P., Costa, D., Coelho, B., Maciel, D., Reigadinha, T., & Theodoro, E. (2018). Igualdade de género ao longo da vida. Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Verloo, M. (Ed.). (2018). Varieties of opposition to gender equality in Europe. Routledge.

Vianna, C. (2018). Políticas de educação, gênero e diversidade sexual: Breve história de lutas, danos e resistências. Autêntica.

Vida, B. (2021). Policy framing and resistance: Gender mainstreaming in Horizon 2020. European Journal of Women’s Studies, 28(1), 26-41. https://doi.org/10.1177/1350506820935495

Publicado

2024-12-17

Cómo citar

Monteiro, R. F. B. L. (2024). Resistencias institucionales y antigénero a la igualdad de género en la educación en Portugal. Cadernos De Pesquisa, 54, e11410. https://doi.org/10.1590/1980531411410

Número

Sección

Artículos