Avaliar para quê? Uma análise qualitativa do processo de autoavaliação

Autores

  • Juliano Reginaldo Corrêa da Silva Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis-SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3430-5158
  • Alexandre Marino Costa Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis-SC, Brasil
  • Maurício Andrade de Lima Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), Caçador-SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4287-5791
  • Clarissa Carneiro Mussi Universidade do Sul de Santa Catarina (UniSul), Tubarão-SC, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0367-4345

DOI:

https://doi.org/10.18222/eae.v34.9683

Palavras-chave:

Avaliação Institucional, Gestão do Conhecimento, Gestão Universitária

Resumo

Este artigo analisou o processo de autoavaliação em um instituto federal de ensino sob a lente da gestão do conhecimento e da teoria institucional. Metodologicamente, a pesquisa caracterizou-se como qualitativa, do tipo estudo de caso. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas, observação participante e pesquisa documental. A análise de dados seguiu os procedimentos da análise de conteúdo e da técnica de triangulação. Os resultados identificam o processo autoavaliativo como um mecanismo de legitimação institucional, com incidência de mecanismos isomórficos miméticos e coercitivos. A associação das lentes da gestão do conhecimento e da teoria institucional proporcionou uma compreensão mais robusta do processo de autoavaliação, identificando limitações e potencialidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Acer, E. K., & Güçlü, N. (2017). An analysis of the expansion of higher education in Turkey using the new institutional theory. Educational Sciences: Theory & Practice, 17(6), 1911-1933.

Asma, K., & Abdellatif, M. (2016). A new model for the impact of knowledge management on university performance. Journal of Information & Knowledge Management, 15(4), 79-90. DOI: https://doi.org/10.1142/S0219649216500416

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. Edições 70.

Barney, J. B. (1986). Strategic factor markets: Expectations, luck, and business strategy. Management Science, 32(10), 1231-1241. DOI: https://doi.org/10.1287/mnsc.32.10.1231

Barney, J. B., & Hesterly, W. (2004). Economia das organizações: Entendendo a relação entre as organizações e a análise econômica. In S. R. Clegg, C. Hardy, & W. R. Nord (Eds.), Handbook de estudos organizacionais: Ação e análise organizacionais (V. 3). Atlas.

Barreyro, G. B. (2018). A avaliação da educação superior em escala global: Da acreditação aos rankings e os resultados de aprendizagem. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 23(1), 5-22. DOI: https://doi.org/10.1590/s1414-40772018000100002

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Brasília, DF. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2016). Métodos de pesquisa em administração (12a ed.). AMGH.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: Método qualitativo, quantitativo e misto (3a ed.). Artmed.

Davenport, L., & Prusak, T. H. (1998). Conhecimento empresarial: Como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Elsevier.

Dias, J., Sobº. (2005). Educação superior, globalização e democratização: Qual universidade? Revista Brasileira de Educação, (28), 164-173. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782005000100014

Dias, J., Sobº. (2014). Universidade e novos modos de produção, circulação e aplicação do conhecimento. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 19(3), 643-662. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-40772014000300007

Dimaggio, P. J., & Powell, W. W. (2005). A gaiola de ferro revisitada: Isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. RAE – Revista de Administração de Empresas, 45(2), 74-89.

Durkheim, E. (1952). Educação e sociologia. Zahar.

Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (3a ed.). Penso.

Foss, N. J. (1993). Theories of the firm. Contractual and competence perspectives. Journal of Evolutionary Economics, 3, 127-144. DOI: https://doi.org/10.1007/BF01213830

Heisig, P. (2009). Harmonisation of knowledge management – Comparing 160 KM frameworks around the globe. Journal of Knowledge Management, 13(4). https://www.researchgate.net/publication/220363127_Harmonisation_of_knowledge_management_-_comparing_160_KM_frameworks_around_the_globe DOI: https://doi.org/10.1108/13673270910971798

Hendriks, P. (1999). Why share knowledge? The influence of ICT on the motivation for knowledge sharing. Knowledge and Process Management, 6(2), 91-100. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1099-1441(199906)6:2<91::AID-KPM54>3.0.CO;2-M

Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). (2018a). Institucional. https://www.ifsc.edu.br/1-institucional

Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). (2018b). Avaliação institucional.

Lacombe, F. J. M., & Heilborn, G. L. J. (2015). Administração: Princípios e tendências (3a ed.). Saraiva.

Lei n. 5.540, de 28 de novembro de 1968. (1968). Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências. Brasília, DF. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5540-28-novembro-1968-359201-publicacaooriginal-1-pl.html

Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004. (2004). Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências. Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.861.htm

Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. (2011). Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei n. 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm

Marcovitch, J. (Org.). (2018). Repensar a universidade: Desempenho acadêmico e comparações internacionais. Com-Arte.

Megnounif, A., & Kherbouche, A. (2020). Knowledge management promising contribution to university performance: Empirical study based on teachers’ opinions. Journal of Information & Knowledge Management, 19(3). https://www.researchgate.net/publication/343177988_Knowledge_Management_Promising_Contribution_to_University_Performance_Empirical_Study_Based_on_Teachers’_Opinions DOI: https://doi.org/10.1142/S0219649220500227

Meyer, J. W., & Rowan, B. (1977). Institutionalized organizations: Formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, 83(2), 340-363. DOI: https://doi.org/10.1086/226550

Neves, C. E. B. (2007). Desafios da educação superior. Sociologias, (17), 14-21. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-45222007000100002

Nonaka, I., & Takeuchi, H. (2008). Gestão do conhecimento. Bookman.

Nunes, E. B. L. L. P., Pereira, I. C. A., & Pinho, M. J. (2017). A responsabilidade social universitária e a avaliação institucional: Reflexões iniciais. Revista da Avaliação da Educação Superior, 22(1), 165-177. DOI: https://doi.org/10.1590/s1414-40772017000100009

Owen-Smith, J. (2011). The institutionalization of expertise in university licensing. Theory and Society, 40(1), 63-94. DOI: https://doi.org/10.1007/s11186-010-9136-y

Quarchioni, S., Paternostro, S., & Trovarelli, F. (2022). Knowledge management in higher education: A literature review and further research avenues. Knowledge Management Research & Practice, 20(2), 304-319. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/14778238.2020.1730717 DOI: https://doi.org/10.1080/14778238.2020.1730717

Sahibzada. U. F., & Jianfeng. C. (2020). Fueling knowledge management processes in Chinese higher education institutes (HEIs): The neglected mediating role of knowledge worker satisfaction. Journal of Enterprise Information Management, 33(6), 1395-1417. https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/JEIM-07-2019-0197/full/html DOI: https://doi.org/10.1108/JEIM-07-2019-0197

Sguissardi, V. (2005). Universidade pública estatal: Entre o público e privado/mercantil. Educação & Sociedade, 26(90), 191-222. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000100009

Silva, J. R. C. da. (2019). O processo de autoavaliação em um Instituto Federal de Ensino: Uma análise com base na gestão do conhecimento e na teoria institucional [Dissertação de mestrado, Universidade do Sul de Santa Catarina]. Repositório Universitário da Ânima. https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/15114

Silva, J. R. C. da, Mussi, C. C., Casagrande, J. L., & Lima, M. A. (2019). A incidência dos mecanismos isomórficos nos processos de autoavaliação institucional. Navus – Revista de Gestão e Tecnologia, 9(3), 173-186. DOI: https://doi.org/10.22279/navus.2019.v9n3.p173-186.903

Silva, J. R. C. da, Mussi, C. C., Lima, M. A. de, Costa, A. M., & Cordioli, L. A. (2020, novembro). Avaliar para quê? O processo de autoavaliação em um instituto federal de ensino. In Anais do 23 Semead – Seminários em Administração. https://login.semead.com.br/23semead/anais/arquivos/556.pdf

Simon, H. A. (1987). Models of bounded rationality (V. 3). The MIT Press. DOI: https://doi.org/10.1057/978-1-349-95121-5_472-1

Weber, M. (1979). Ensaios de sociologia. Zahar.

Wernerfelt, B. (1984). A resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, 5(2), 171-180. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.4250050207

Yin, R. K. (2014). Estudo de caso: Planejamento e métodos (5a ed.). Bookman.

Zucker, L. G. (1987). Institutional theories of organization. Annual Review of Sociology, 13, 443-464. DOI: https://doi.org/10.1146/annurev.so.13.080187.002303

Downloads

Publicado

28-11-2023

Como Citar

Silva, J. R. C. da, Costa, A. M., Lima, M. A. de, & Mussi, C. C. (2023). Avaliar para quê? Uma análise qualitativa do processo de autoavaliação. Estudos Em Avaliação Educacional, 34, e09683. https://doi.org/10.18222/eae.v34.9683

Edição

Seção

Artigos